Sala de revelações
(...) "Tateando no escuro, encontrei-o. A sala estava fria, meus dedos estavam gelados. Outra vez o calor da respiração dele. Dessa vez fui eu que caí de boca. Não necessariamente na boca dele. “Ahh”, um gemido quebrou o silêncio. Estalos suculentos seguiram-se, cadenciados. Ritmos e volumes aumentaram. Uivos eclodiram. Sem enxergar um palmo diante do nariz, com nenhuma teoria ou manual de fotografia, aprendi na prática: o que quer que aquelas lentes e líquidos e odores fizessem naquela sala de ampliação, as coisas ampliavam mesmo".
*Trecho de "O Diário de Verônica Volúpia - Estação Outono" - Vol.2 - Compre AQUI.
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