Pantera-negra
(...) "Fui a Salvador a negócio, um negócio assim, de 1,89m, dreadlocks nos cabelos, negro da cor da madrugada, olhos verdes caramelados – ou seriam caramelos esverdeados? - chamado Fabian.
De pai argelino e mãe espanhola, conheci esse francês delicioso em Paris, numa época em que mesmo no verão eu arrecadava toras para acender a minha lareira. Pois Fabian trouxe a sua enorme contribuição de ébano e instalou-se no meu pequeno apartamento da Rue Seguier.
As proporções gigantescas dele mal cabiam nas medidas enxutas do imóvel, obrigando-nos a viver coladinhos, a maior parte do tempo ele dentro de mim para economizar espaço, ou talvez não bem por este motivo".
*Trecho do livro O Diário de Verônica Volúpia - E-book AQUI
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